quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Crianças - O Adulto de Amanhã
Fazer Pensar, isso é Educar
"Para um educador consciente, ensinar não é obrigação, mas, antes disso, um exercício de autoaprendizagem..."
Um pouco de atenção no presente é capaz de transformar uma criança em alguém decente no futuro...
Quando não estamos presentes na educação dos nossos filhos, logo estamos em busca de algum culpado para justificar a razão dos seus comportamentos patológicos. Mas, infelizmente para os pais, não há como justificar que o resto do mundo seja culpado de alguma coisa. Poderão criar as mais elaboradas desculpas, explicações que pareçam lógicas para um espectador alheio aos fatos, ou mesmo alegar falta de tempo, uma vez que trabalham em excesso para prover o sustento da família.
Mas, não há como fugir da realidade, e esta é simples: os pais ou tutores são os verdadeiros responsáveis pela conduta de suas crianças, afinal de contas, estas não vieram ao mundo como cães sem dono.
Se não conseguem ter tempo para cuidar delas, isso faz parte do problema criado por eles mesmos, e não há mais ninguém que seja culpado desse fato. Como podemos exigir do mundo coerência para o modo de pensar e agir dos nossos filhos, se nós mesmos nunca lhes demos isso? Uma criança, criada dentro de um lar atencioso, com pais ou tutores carinhosos, respeitadores, só por obra de um trágico e caprichoso destino, poderá ter uma mente deformada ao crescer.
As tentações do mundo lá fora, seus vícios e manias, existem primeiro dentro de nossas casas, e se manifestam para as crianças através de nossas posturas pessoais. É o modo como lidamos com tudo isso; nossa forma de expressão diante dos nossos filhos que fará toda diferença.
Essa pedagogia involuntária – supondo que os pais não tenham consciência de nada disso – é o fator que irá determinar suas futuras aspirações. E a influência lá de fora servirá apenas de complemento, referência negativa ou positiva, reforço, para os traços já adquiridos. Sendo criados em um ambiente de atenção, cuidados, compreensão e muito diálogo, nada do mundo lá fora tenderá a influenciá-los de forma negativa. Se ainda assim caírem em tentação, mais uma vez, será porque uma correta e qualificada educação preliminar não tiveram dentro de casa.
Não se trata apenas de suprir conforto e lastro material, mas antes disso, de prover atenção e respeito, afinal de contas, trata-se dos nossos filhos, uma herança que deixaremos para o mundo, uma contribuição negativa ou positiva..
Muitas vezes avalia-se o comportamento patológico de jovens que tiveram uma boa vida, com família estruturada e estável, uma boa escolaridade, pais aparentemente justos que lhes supriram com todas as necessidades materiais, e ainda assim, se desgarraram para o mundo dos excessos e delitos, se entregando às drogas ou criminalidade.
A questão é: Como afinal de contas é criado o repertório cognitivo de um jovem? Não o cérebro orgânico, mas o conteúdo que está gravado lá dentro, aquilo que deu forma a sua personalidade? De onde virão as influências que lhe darão o comportamento e a conduta que juntamente com suas idiossincrasias darão forma a sua individualidade? Do mundo lá fora, dos amigos, de sugestões da sociedade, dos costumes? O que afinal de contas influencia esse jovem a ponto de determinar o deverão ou não fazer de suas vidas?
Sabemos que uma criança não nasce com uma personalidade pronta, mas apenas com predisposições inatas, que chamamos de temperamento. Esse atributo pode interferir no seu processo cognitivo, mas nunca determinar todas as suas posturas. Então, só podemos deduzir, pela lógica, que tudo isso ocorre no intervalo entre o período que desce do berço e aquele que vai às ruas. Mas, como essa criança, recém chegada ao mundo, apreende e assimila os caracteres que irão determinar, que irão pontuar, constituir, sua personalidade, seus gostos, seus desejos, suas amarguras, enfim, todo repertório cognitivo que molda o seu caráter?
Mas, não há como fugir da realidade, e esta é simples: os pais ou tutores são os verdadeiros responsáveis pela conduta de suas crianças, afinal de contas, estas não vieram ao mundo como cães sem dono.
Se não conseguem ter tempo para cuidar delas, isso faz parte do problema criado por eles mesmos, e não há mais ninguém que seja culpado desse fato. Como podemos exigir do mundo coerência para o modo de pensar e agir dos nossos filhos, se nós mesmos nunca lhes demos isso? Uma criança, criada dentro de um lar atencioso, com pais ou tutores carinhosos, respeitadores, só por obra de um trágico e caprichoso destino, poderá ter uma mente deformada ao crescer.
As tentações do mundo lá fora, seus vícios e manias, existem primeiro dentro de nossas casas, e se manifestam para as crianças através de nossas posturas pessoais. É o modo como lidamos com tudo isso; nossa forma de expressão diante dos nossos filhos que fará toda diferença.
Essa pedagogia involuntária – supondo que os pais não tenham consciência de nada disso – é o fator que irá determinar suas futuras aspirações. E a influência lá de fora servirá apenas de complemento, referência negativa ou positiva, reforço, para os traços já adquiridos. Sendo criados em um ambiente de atenção, cuidados, compreensão e muito diálogo, nada do mundo lá fora tenderá a influenciá-los de forma negativa. Se ainda assim caírem em tentação, mais uma vez, será porque uma correta e qualificada educação preliminar não tiveram dentro de casa.
Não se trata apenas de suprir conforto e lastro material, mas antes disso, de prover atenção e respeito, afinal de contas, trata-se dos nossos filhos, uma herança que deixaremos para o mundo, uma contribuição negativa ou positiva..
Muitas vezes avalia-se o comportamento patológico de jovens que tiveram uma boa vida, com família estruturada e estável, uma boa escolaridade, pais aparentemente justos que lhes supriram com todas as necessidades materiais, e ainda assim, se desgarraram para o mundo dos excessos e delitos, se entregando às drogas ou criminalidade.
A questão é: Como afinal de contas é criado o repertório cognitivo de um jovem? Não o cérebro orgânico, mas o conteúdo que está gravado lá dentro, aquilo que deu forma a sua personalidade? De onde virão as influências que lhe darão o comportamento e a conduta que juntamente com suas idiossincrasias darão forma a sua individualidade? Do mundo lá fora, dos amigos, de sugestões da sociedade, dos costumes? O que afinal de contas influencia esse jovem a ponto de determinar o deverão ou não fazer de suas vidas?
Sabemos que uma criança não nasce com uma personalidade pronta, mas apenas com predisposições inatas, que chamamos de temperamento. Esse atributo pode interferir no seu processo cognitivo, mas nunca determinar todas as suas posturas. Então, só podemos deduzir, pela lógica, que tudo isso ocorre no intervalo entre o período que desce do berço e aquele que vai às ruas. Mas, como essa criança, recém chegada ao mundo, apreende e assimila os caracteres que irão determinar, que irão pontuar, constituir, sua personalidade, seus gostos, seus desejos, suas amarguras, enfim, todo repertório cognitivo que molda o seu caráter?
A Criança do Amanhã não precisa "Repetir" o Adulto de Hoje
"Educador por vocação, educando disciplinado sem domesticação..."
Educar sem vocação é o mesmo que tentar ler com o livro fechado...
Se uma criança aprende através da imitação, logo ela precisa de um exemplo prático para que seja capaz de reproduzir. Isto é, um ou vários espelhos para se guiar, e destes, finalmente, vai tirar aquilo que de acordo com suas tendências ou não, servirão como gabarito, tutorial, para construir sua própria personalidade. Não há outra maneira, mas existem muitas formas de como tudo isso irá entrar na sua vida como força indutora.
Elas não poderão gostar das coisas lá de fora, se já não tiverem uma predisposição psicológica, uma força sugestiva, para que tais influências acabem por inspirá-las. Não se trata de atração involuntária, ou necessidade física por uma ou outra coisa do mundo, pois o que existe de concreto, é uma mente, um cérebro a deduzir, a avaliar, tudo aquilo que pode lhe proporcionar alguma vantagem, alguma compensação, ou prazer. Criança não é burra, apenas ingênua.
No cérebro, é lá dentro que estão suas memórias, suas lembranças, tudo aquilo que aprendeu a odiar ou preferir, a rejeitar ou idolatrar, e tudo isso, num primeiro momento, é incorporado de acordo com suas tendências inatas. No entanto, num segundo momento, isso ocorre à revelia do seu temperamento. E isso se aprende; tudo isso é efeito do condicionamento externo, ali não há nada sem uma origem. Há de existir um mestre, qualificado ou não, seja o que for. E tais influências não são coisas inatas, nem uma condição física que não esteja sob o domínio da vontade, como acontece, por exemplo, com uma corrente sanguínea, que flui, sem depender do nosso desejo, credo ou opinião.
A questão que fica então é essa: Como surgem as predisposições, não os traços de tendências inatas e inconscientes, mas os conscientes, tais como os desejos lúcidos, as preferências, as antipatias ou empatias que darão lastro a personalidade dos nossos filhos? Afinal de contas, eles não nascem com nada isso. Será então coisa instintiva, como é a capacidade de sentir fome e frio; ou ao contrário, isso se aprende através da imitação, de um modelo que lhes sirva de exemplo?
Para diferenciar uma coisa instintiva de outra adquirida através do hábito, é simples, basta separar aquilo que é movido pelo desejo, pela vontade, daquilo que não é. Por exemplo, sentir fome, sentir dor, chorar no berço ao sentir desconforto, e assim por diante, isso não depende de nossa vontade, ocorre à revelia do nosso querer, logo aí não há a interferência do pensamento, isso é instinto, coisa irracional, dotes da natureza primata.
No entanto, se somos capazes de escolher ou comparar, preferir ou rejeitar, então é coisa do pensamento, faz parte das memórias adquiridas, acumuladas através de nossa experiência pessoal. E essa experiência inclui as influências que assimilamos e copiamos para usar como modelo de conduta.
Elas não poderão gostar das coisas lá de fora, se já não tiverem uma predisposição psicológica, uma força sugestiva, para que tais influências acabem por inspirá-las. Não se trata de atração involuntária, ou necessidade física por uma ou outra coisa do mundo, pois o que existe de concreto, é uma mente, um cérebro a deduzir, a avaliar, tudo aquilo que pode lhe proporcionar alguma vantagem, alguma compensação, ou prazer. Criança não é burra, apenas ingênua.
No cérebro, é lá dentro que estão suas memórias, suas lembranças, tudo aquilo que aprendeu a odiar ou preferir, a rejeitar ou idolatrar, e tudo isso, num primeiro momento, é incorporado de acordo com suas tendências inatas. No entanto, num segundo momento, isso ocorre à revelia do seu temperamento. E isso se aprende; tudo isso é efeito do condicionamento externo, ali não há nada sem uma origem. Há de existir um mestre, qualificado ou não, seja o que for. E tais influências não são coisas inatas, nem uma condição física que não esteja sob o domínio da vontade, como acontece, por exemplo, com uma corrente sanguínea, que flui, sem depender do nosso desejo, credo ou opinião.
A questão que fica então é essa: Como surgem as predisposições, não os traços de tendências inatas e inconscientes, mas os conscientes, tais como os desejos lúcidos, as preferências, as antipatias ou empatias que darão lastro a personalidade dos nossos filhos? Afinal de contas, eles não nascem com nada isso. Será então coisa instintiva, como é a capacidade de sentir fome e frio; ou ao contrário, isso se aprende através da imitação, de um modelo que lhes sirva de exemplo?
Para diferenciar uma coisa instintiva de outra adquirida através do hábito, é simples, basta separar aquilo que é movido pelo desejo, pela vontade, daquilo que não é. Por exemplo, sentir fome, sentir dor, chorar no berço ao sentir desconforto, e assim por diante, isso não depende de nossa vontade, ocorre à revelia do nosso querer, logo aí não há a interferência do pensamento, isso é instinto, coisa irracional, dotes da natureza primata.
No entanto, se somos capazes de escolher ou comparar, preferir ou rejeitar, então é coisa do pensamento, faz parte das memórias adquiridas, acumuladas através de nossa experiência pessoal. E essa experiência inclui as influências que assimilamos e copiamos para usar como modelo de conduta.
Perceber que os vícios do mundo, a cada geração, são repassados para seus residentes, que nesse caso são nossos herdeiros, esse deveria ser o primeiro passo. Aceitar que esse é o modo usado como gabarito para condicionar as futuras gerações é compreender a coisa, por ter constatado um fato.
Feito isso, como educadores, assim como o agricultor que pretende separar os grãos incapazes de germinar daqueles que não são, devemos avaliar e refletir sobre tudo aquilo que não mais nos serve. Aliás, até que serve, mas apenas como exemplo; exemplo de tudo aquilo que não deve mais ser replicado, ou presenteado como espólio para nossos descendentes, como até hoje o temos feito.
Não podemos mudar o mundo, e isso é tão óbvio quando o ar que respiramos, mas podemos sim, transformar o indivíduo que está sob nossos cuidados. Ele é uma entidade que irá viver nesse mundo, com todas suas distorções, e poderá ser um multiplicador de toda essa confusão, ou não. Trata-se de um processo individual, lento, mas necessário, se quisermos que, ao menos para ele, sua trajetória existencial tenha um desdobramento profícuo.
Feito isso, como educadores, assim como o agricultor que pretende separar os grãos incapazes de germinar daqueles que não são, devemos avaliar e refletir sobre tudo aquilo que não mais nos serve. Aliás, até que serve, mas apenas como exemplo; exemplo de tudo aquilo que não deve mais ser replicado, ou presenteado como espólio para nossos descendentes, como até hoje o temos feito.
Não podemos mudar o mundo, e isso é tão óbvio quando o ar que respiramos, mas podemos sim, transformar o indivíduo que está sob nossos cuidados. Ele é uma entidade que irá viver nesse mundo, com todas suas distorções, e poderá ser um multiplicador de toda essa confusão, ou não. Trata-se de um processo individual, lento, mas necessário, se quisermos que, ao menos para ele, sua trajetória existencial tenha um desdobramento profícuo.
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